Barrigas cheias e cabeças ocas

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O que acontece com a única maternidade do Estado? Semanalmente, há reclamações sobre o Hospital Materno-Infantil Nossa Senhora de Nazaré. As denúncias procedem ou pacientes costumam entrar numa alucinação coletiva e saem a desfiar horrores sobre o atendimento e a estrutura da unidade?

Há três semanas, as péssimas condições de quartos que abrigam recém-nascidos foram notícia. Buracos em paredes serviam de “lar” para lacraias.

Agora, a denúncia é de que falta material para cirurgias simples. Muitas mães dizem temer uma infecção generalizada e acabar indo direto para o necrotério do Estado, que também não é lá essas coisas.

Uma paciente, que estava grávida de três meses, teve um aborto “espontâneo” na sexta (10) e, quatro dias depois, ainda batalhava por uma curetagem. Por falta de material, ela e muitas outras que procuraram a maternidade foram mandadas de volta para casa.

O governo diz que está tudo normal e melhorias estão sendo feitas. É a mesma resposta pronta para todo e qualquer tipo de denúncia que surja contra unidades médico-hospitalares estaduais.

O Estado até admite estar faltando um ou outro medicamento, afirma que vai fiscalizar empresas que prestam serviços de limpeza e as que fornecem refeições, mas as reclamações não param e são sempre os mesmos alvos.

Se não soubéssemos como o atual governo lida com Saúde, Educação e Segurança, acreditaríamos que de fato se trata de um delírio coletivo e as grávidas não passam de umas desvairadas reclamando de barriga cheia (com o perdão do trocadilho) de administradores com cabeças tão ocas para solucionar os mais simples problemas

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